Cúrcuma previne e combate a depressão, dizem pesquisadores Doença atinge quatro pessoas a cada segundo no mundo, diz OMS. Ideal é consumir no mínimo uma colher de sopa por dia, orienta nutricionista.
O açafrão da terra, ou cúrcuma, é um dos temperos importantes para preparação de um dos pratos mais tradicionais mineiros: a galinhada. A especiaria que é tradição na família do Ilmar é preciosidade no laboratório da USP de Piracicaba, em São Paulo. A cúrcuma, ou açafrão da terra é chamado, lá, de “ouro do Centro Oeste”.
Em testes com animais, os pesquisadores descobriram que ela previne e combate um dos males do século: a depressão, doença que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, atinge quatro pessoas a cada segundo no mundo.
“Quando você é exposto a uma situação estressante, no caso dos animais, eles foram expostos a uma situação estressante e a cúrcuma reverteu. A única diferença entre os grupos estudados foi o que recebeu cúrcuma ele não teve esse comportamento que é semelhante à depressão em humanos”, afirma a nutricionista Gizele Bruna Barankevicz.
O ideal é consumir, no mínimo, uma colher de sopa por dia.
“Então, a ideia é que as pessoas utilizem diariamente já pra prevenir, que não deixem chegar a um caso depressivo, já vai utilizando na sua alimentação, num molho, ali na carne, como um tempero mesmo, como já é utilizado na índia. Na Índia, a cúrcuma é utilizada como uma planta medicinal”, conta Gizele.
Substância que dá gosto forte ao alho pode reduzir risco de câncer de estômago
O objetivo dessas cientistas é transformar a cúrcuma num tempero tão popular como os mais usados pelos brasileiros: o alho e a cebola. Os dois são muito conhecidos, mas não são unanimidade pelo odor forte que podem provocar.
Estudos mostram que os dois têm uma lista enorme de benefícios para a saúde, como baixar a pressão e a glicose. Mais recentemente, cientistas descobriram que a alicina, substância que dá aquele gosto forte ao alho, pode reduzir pela metade o risco de uma pessoa ter câncer de estômago e mais: a alicina pode fazer milagres no cérebro.
“Protegendo a sua função cognitiva. O que é isso? Memória, aprendizado e comportamento. E parece que ele vai ser uma alternativa mais tarde, um coadjuvante na prevenção e tratamento do Alzheimer”, afirmou Jocelem Salgado, professora titular de nutrição da ESALQ/USP.
Uma dica: o alho tem mais efeito se for consumido cru e cortado. Experimente misturar alho bem picadinho, iogurte, limão, azeite e orégano. Fica ótimo na salada! E um segredinho: depois de consumir o alho, experimente mascar salsinha. Ela ajuda a diminuir o hálito forte.
Descobrir novas especiarias é também um jeito de levar diversão à cozinha. E nesse mundo de cheiros, gostos e percepções nem tudo é tão simples ou tão óbvio.
Alecrim, do latim rosmarinus, significa “orvalho do mar”. E, se perfuma nossas mãos, ele também alegra os nossos corações. Não é só força de expressão! O alecrim é um dos principais ingredientes do “chá da alegria”.
A professora Ana Vladia, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, misturou alecrim, outras ervas e criou o que chama de “poção mágica”, que segundo ela é capaz de curar muitas das causas que provocam tristeza. Ela acredita que a origem desses males está dentro da nossa barriga.
“Costumo dizer que o bom humor, nasce de uma base, a nossa base está nas nossas entranhas, no nosso intestino. Pessoas em que o intestino não funciona bem têm uma relação direta com as nossas emoções, com o sistema nervoso central. São as pessoas enfezadas”, explica a nutricionista Ana Vladia.
A nutricionista estudou as ervas que aliviam dor de barriga, mal-estar, enjoos e dor de cabeça. O resultado foi essa mistura bem temperada e surpreendente: o chá da alegria! Leva canela, semente de mostarda, erva doce, sálvia, camomila, endro, hortelã, erva-cidreira, chá verde, tomilho e o poderoso alecrim.
Fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/
