CUIDADOS COM CÂNCER DE PELE DEVEM SER REDOBRADOS EM ÉPOCAS DE CALOR EXCESSIVO
Dermatologista da Clínica Monte Parnaso fala sobre tratamentos e precauções da doença que já possuí 190 mil novos casos por ano apenas no Brasil.
O câncer de pele é o tipo mais comum da doença. Só nos Estados Unidos, são diagnosticados 3,5 milhões de novos casos por ano. No Brasil, esse número chega a 190 mil. O principal causador da doença é a exposição crônica aos raios solares, mas também é possível contraí-lo devido à predisposição genética, tabagismo e após lesões da pele provocadas por radioterapia.
A dermatologista Dra. Ana Regina Trávolo comenta que o diagnóstico prematuro aumenta consideravelmente as chances de ter um tratamento rápido e pouco agressivo. “Quando detectadas no início, uma cirurgia simples é suficiente para resolver o quadro. Alguns tipos de lesões pré-cancerosas, quando identificadas, podem ser tratadas apenas com cauterizações por radiofrequência ou com nitrogênio líquido, a chamada Crioterapia. As lesões pré-cancerosas chamadas de ceratoses actínicas e o carcinoma basocelular superficial podem ser tratados com a chamada Terapia Fotodinâmica, que tem como vantagem o menor índice de cicatrizes pós-tratamento”, explica.
Todavia, alguns subtipos específicos de câncer de pele, como o melanoma, normalmente necessitam de um acompanhamento conjunto com o profissional Oncologista. Em alguns casos mais avançados podem ser necessários tratamentos associados, como radioterapia e quimioterapia.
Mas como prevenir para não chegar ao ponto de contrair a doença? Segundo a dermatologista, a principal coisa a fazer é proteger bem a pele dos raios solares. “Deve ser evitada a exposição excessiva ao sol e fazer uso regular do protetor solar com fator de proteção 30 ou superior”, explica. Porém, existem hábitos, como o do cigarro, que prejudicam a pele e a deixa mais vulnerável às ações dos raios ultravioletas. “O tabagismo está associado com uma maior incidência de alguns tipos câncer de pele, como o carcinoma espinocelular labial”, comenta a Dra. Ana Regina Trávolo
FOTOPROTEÇÃO ORAL, UMA PROTEÇÃO A MAIS PARA A PELE
O sol é a melhor fonte de obtenção da Vitamina D e traz inúmeros outros benefícios, como a melhora do humor, por exemplo. Entretanto, o excesso de exposição ao sol faz com que o organismo reaja como se tivesse sofrido uma agressão e se defende produzindo um excesso de radicais livres.
Este excesso leva a consequências indesejáveis: entre elas a perda de colágeno e o fotoenvelhecimento. A radiação UV é a grande vilã da radiação
solar e pode também estar presente em lâmpadas incandescentes. Por isso, é necessário usar um protetor solar, mesmo que se fique trancado em ambiente fechado.Segundo os especialistas, o ideal é usar filtro no mínimo FPS 30, pelo menos duas vezes ao dia.
Mais recentemente, um novo conceito em fotoproteção tem sido discutido: a fotoproteção oral. Foram estudadas várias substâncias que quando utilizadas demonstram reduzir a intensidade do eritema e
prevenir danos ocasionados pela exposição solar, devido à sua capacidade antioxidante.
“A associação de diferentes vitaminas e minerais demonstrou,
através de estudos, a capacidade de favorecer a resistência da pele à exposição às radiações UV. Tal formulação previne os danos da exposição solar através da neutralização dos radicais livres, que agridem as células da pele causandoproblemas, como vermelhidão, envelhecimento e o câncer de pele. Além disso, torna o bronzeado mais duradouro. Mas é bom consultar um dermatologista para saber sobre ativos, posologia e tempo de uso mais adequados para cada um”, explica a farmacêutica Leandra Sá, assessora técnica da Farmacotécnica.